quarta-feira, 20 de maio de 2009

Momento literário!


Livro: O leitor
Título original: Der Vorleser
Autor: Bernhard Schlink
Literatura: Alemã


No começo desse mês (Maio) peguei emprestado dois livros com uma amiga (Karol). Lua nova, sequência de Crepúsculo e O leitor.
Depois de ler Lua nova e me deliciar com a fantástica fantasia vampiresca criada por Stephenie Meyer, comecei a ler O leitor.
Romance que está me deixando bastante entusiasmado com a leitura. Tão entusiasmado que já cheguei até a sonhar. Na pele de Michael Berg, eu, no tribunal tentava entender Hanna e imaginá-la cometendo os crimes a que fora acusada.
Definitivamente esse livro extingue minha má fé em relação à literatura alemã. Má fé esta, talvez causada pela impressão negativa ao romance apático A montanha mágica, que ainda é um objetivo conseguir terminar de lê-lo.
Com um estilo limpo e sem muitos diálogos Schlink consegue atrair, extraordinariamente, a atenção do leitor para a vida e os pensamentos de Michael Berg e suas reações distintas em relação à Hanna Schmitz.

-O leitor é, desde O perfume, o romance alemão mais aplaudido nacional e internacionalmente. Traduzida em 39 línguas, a obra, que chega às telas estrelada por Kate Winslet e Ralfh Fiennes, foi laureada em 1997 com os prêmios Grinzane Cavour, Hans Fallada e Laure Bataillon. Em 1999 ganhou o Prêmio de Literatura de Die Wett.

“Comovente, sugestivo e esperançoso...
Fala diretamente ao coração.”
-The New York Times Book Review

Trecho:

(...) Volto a pensar naquela época e me vejo diante de mim. Eu vestia os ternos elegantes que um tio rico havia deixado e cabiam em mim, junto com vários pares de sapatos de duas cores, preto e marrom, preto e branco, camurça e couro liso. Eu tinha braços e pernas longos demais, não para os ternos que minha mãe havia ajeitado, mas para a coordenação de meus movimentos. Meus óculos eram de um modelo barato e meu cabelo um escovão desgrenhado, o que quer que fizesse. Na escola, não era bom nem ruim; acho que muitos professores não me percebiam direito e os alunos que davam o tom da classe também não. Eu não gostava de minha aparência, do modo como me vestia e me movia, do que realizava e de como os outros me consideravam. Mas quanta energia havia em mim, quanta confiança em que um dia seria bonito e esperto, superior e admirado, quanta expectativa, com a qual eu antecipava novas pessoas e situações. (...)

Página 46 | Capítulo 09 | Primeira parte

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