sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Final Alternativo-O pesadelo em uma noite de sonhos.(Killin' Her!)















Meia noite.

Gritos de comemoração, fogos de artifício explodiam no céu, música alta e muita alegria tomavam conta, não só na redondeza, mas também em grande parte do mundo.
- Feliz ano novo amiga! Tudo de bom pra nós duas. Muita paz, saúde, felicidades, dinheiro e um amor, né?!
- É isso mesmo Lá. Tudo de bom pra nós. Que esse ano que está começando seja especialíssimo pra nós e pra quem amamos.
- Um brinde ao novo ano e a nossa felicidade.
As duas ergueram as taças, brindaram e abraçaram-se.
Depois do brinde o telefone tocou. Era o pai de Laís.
- Lá, é pra você. Seu pai. – Paula passou o telefone para a amiga com cara de espanto.
- Oi pai! – Laís desejou um feliz ano novo para o pai e perguntou se havia acontecido algo com sua mãe.
Ele respondeu negativamente e passou o telefone para a mãe dela.
Laís fez sinal pra Paula dizendo que estava tudo bem. A amiga se sentou no sofá e respirou aliviada.
- Oi mãe! Feliz ano novo, tudo de bom, felicidades, saúde... Esse vai ser um ano ótimo pra todos nós. E logo logo a senhora vai estar totalmente recuperada, até saindo pra balada comigo e Paula. – As duas riram. A mãe de Laís desejou o mesmo para a filha.
- Laís, sabe o sonho que a Paula tem tido comigo?
- Ela já falou isso pra você também mãe? Não liga pra ela, isso é uma preocupação boba. A senhora não está bem? Isso é o que importa, certo?!
- Laís me escute! Eu já estou melhor sim, mas o que eu quero lhe falar é que o seu pai tem tido as mesmas premonições, só que não são comigo, e sim com você.
- Eu estou ótima mãe, não se preocupe!
- Eu sei filha, mas já que seu pai insistiu em ligar pra você, eu só estou repetindo o que ele está falando aqui, pra você tomar cuidado e...

Nesse momento o telefone caiu da mão de Laís, uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto e, como uma fruta cai da árvore, Laís caiu no chão. Sem vida.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O pesadelo em uma noite de sonhos.

O relógio batia onze horas.

Faltava uma hora para o ano acabar e Laís ainda estava começando a se arrumar para a grande virada.
- Paula, me ajuda aqui a escolher o vestido! – disse Laís nervosa com a falta de tempo e a imensidade de coisas que ainda tinha que fazer antes da meia-noite.
- Num dá Laís. Ainda tenho que escolher o meu também.
A correria estava grande naquele apartamento, apesar de só estarem as duas amigas nele.
Do banheiro Paula pergunta:
- Laís, você foi hoje falar com sua mãe?
- Não! Por quê? Passei o dia inteiro no escritório. Não deu tempo. Ela piorou? – respondeu Laís com cara de espanto.
- Acho que não. Mas estou com uma impressão estranha. Como se alguma coisa ruim fosse acontecer.
- Nossa! Vira essa boca pra lá. Hoje eu só quero diversão. E além do mais, mamãe deu uma melhorada, não foi?!
- Ih, não sei! Mas eu não sou médica pra dar diagnóstico, né?!
- Ah, isso é verdade. – Laís respondeu sorrindo e com dois vestidos na mão.
O quarto estava uma bagunça. Caixas de sapato espalhadas pelo chão, roupas e jóias jogadas por toda a cama. E Laís enrolada numa toalha entre toda aquela bagunça.
Paula saiu do banheiro e quando chegou ao quarto abriu a boca espantada.
- O que aconteceu aqui? Antes de entrar no banho o quarto estava em ordens e agora parece que um tornado passou por aqui. Laís, você ainda não escolheu o vestido?
- Acho que vou vestir este verde. O que você acha?
- É, ele é bonitinho. – respondeu Paula saindo do quarto da amiga e indo em direção ao seu.
- Bonitinho?! – Laís gritou – É só isso que você diz?
- É lindo Laís! Tá bom assim, sua histérica?!
As duas riram e Laís voltou a virar o guarda-roupa de cabeça pra baixo a procura de outras coisas que não se encontravam no chão ou em cima da cama.
- Paula, e mamãe? Agora tô pensando nela. Ela está bem, não está? Já até levantou da cama hoje, não foi?!
- Sim, sim. Ela está melhor e já levantou da cama mesmo. Isso é a prova da melhora, certo?!
- Que bom! – respondeu Laís mais aliviada.
Paula chegou pronta, vestida, penteada e maquiada, no quarto de Laís. E a amiga ainda nem o vestido tinha colocado.
-Laís, eu já tô pronta e você nem o vestido colocou ainda! – bradou Paula.
- Calma amiga – falou Laís - você sabe que eu demoro muito pra me vestir.
Paula afastou umas coisas de cima da cama, se sentou e ficou esperando a amiga se vestir, apressando-a. Em cima do criado-mudo havia um porta-retratos com a foto de Laís e sua mãe.
- Laís, você ainda vai à casa da sua mãe hoje?
- Não, só amanhã. Vou ficar por aqui mesmo. – respondeu Laís calçando as sandálias – você acha que mamãe está realmente melhor?
- Às vezes acho que sim, às vezes acho que não. Mas se hoje ela até já levantou da cama, acho que ela esteja melhor sim! – respondeu Paula pegando o porta-retratos.
- É isso mesmo! Temos sempre que pensar positivo, ser otimistas até o fim.
- Você sabe que eu considero sua mãe como se fosse minha segunda mãe, mas ainda estou com um sentimento ruim.
- Aff..., vamos esquecer isso. Não vai acontecer nada com mamãe. Ela está melhor e deixa eu acabar de me arrumar porque já vai dar meia-noite.

O relógio bateu onze e meia.

Tudo estava bastante agitado. Já se ouviam alguns fogos de artifício. Havia muita gente na rua indo em direção a praia, muita movimentação, muita expectativa, muita festa.
-Laís, liga pra sua mãe!
-Por que Paula? Já liguei pra ela hoje pela manhã.
-Não sei. Mas liga. Agora!
Nervosa Laís pegou o telefone e discou o número da casa de sua mãe.

Onze e quarenta e cinco.

A multidão aumentava drasticamente.
- Pronto, já liguei! Tá tudo bem, ela só está um pouco cansada.
- Acho que isso não é um bom sinal! – exclamou Paula apreensiva.
- E o que você entende de medicina e de recuperação pós-trauma, Paula? – gritou Laís, que já estava ficando mais nervosa com a conversa da amiga.
- Não entendo nada, mas ainda estou com um pressentimento ruim.
- Ai Paula, cala a boca e me ajuda aqui com esses brincos, porque já estamos atrasadas pra encontrar com o pessoal na casa do Rô.
- Eu só vou pra casa dele quando virar o ano – respondeu Paula levantando da cama e ajudando a amiga com os brincos e o cabelo.
...
- Paula, esse tipo de premonição que você está sentindo é sobre o que, realmente?
- Não sei bem, mas é algo relacionado com a sua mãe. E não é bom. Pra falar a verdade eu sonhei com ela morrendo.
- Você ta me deixando preocupada. – falou Laís paralisada e com a mão na boca.
- Eu também estou ficando muito preocupada.
- Mas mamãe está bem! Só um pouco cansada e isso é o que importa. Vamos pensar no melhor, ela até já se levantou da cama hoje, não foi?!
- É, mas ainda estou com medo e com meu coração apertado.
- Paula, cala a boca! Que insistência nesse assunto. Você quer que eu fique aqui chorando? Poxa, eu só quero me divertir um pouco e esquecer os problemas e todo esse sofrimento. Será que eu não mereço isso, pelo menos só por hoje?

Onze e ciquenta e cinco.

A rua já estava totalmente tomada de gente, que vinha de toda parte. Gente de todos os tipos, raças e crenças, que se uniam em uma grande e única comemoração.
- Paula, cadê você? Faltam só cinco minutos para o ano acabar! Vem logo!
- Tô indo, só um minutinho.
- Traz a champanhe e as taças.
- OK, tô pegando!

Meia-noite.

Gritos de comemoração, fogos de artifício explodiam no céu, música alta e muita alegria tomavam conta, não só nas redondezas, mas também no mundo inteiro.
- Feliz ano novo amiga! Tudo de bom pra nós duas. Muita paz, saúde, felicidades, dinheiro e um amor, né?!
- É isso mesmo, Lá. Tudo de bom pra nós. Que esse ano que está começando seja especialíssimo pra nós e pra quem amamos.
- Um brinde ao novo ano e a nossa felicidade.
As duas ergueram as taças, brindaram e abraçaram-se.
Depois do brinde o telefone tocou. Era o pai de Laís...

O que Paula tanto temia e sonhara, acabara de se realizar...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Em busca dos Silfos!!

Quem nunca parou para apreciar a beleza do céu e passou horas contemplando as formas engraçadas das nuvens?
Quem, que quando está olhando as nuvens, nunca pensou em algum desenho ou alguma coisa e o formato apareceu no céu?
É..., São os silfos mostrando-nos do que são capazes, tentando, da forma mais pura e verdadeira, nos desconectar da correria do mundo atual, brincando com as formas das nuvens, num esforço sobre-humano de nos chamar a atenção. Mas com tanta coisa acontecendo ao nosso redor, tantas mudanças, tantas descobertas, tanta tecnologia, tantos afazeres; privamos-nos cada vez mais de apreciar as coisas simples da vida, coisas essas que podem nos dar um prazer fora do comum e inigualável.
Há quanto tempo não paramos para apreciar um passarinho cantando, a chuva caindo, o vendo balançando as folhas de uma árvore?
Queria voltar no tempo e estacionar no momento em que a inocência ainda era palpável; quando pensava que todo o mundo era feliz, porque simplesmente eu era; quando caminhava pela praia pensando só na areia entre meus dedos dos pés e na concha mais bonita que poderia encontrar, sem preocupar-me com a erosão, com a contaminação e com o aquecimento global; quando pensava que os doces eram melhores que o dinheiro, pois se podem comer; quando pensava que todas as pessoas eram honestas e boas; quando passava minhas tardes subindo em árvores e andando de bicicleta, sem a preocupação de que me sequestrem; quando pintava com aquarelas e era extasiado de elogios; quando pensava que tudo era possível.
Mas o tempo passou e cresci. Aprendi sobre armas nucleares, guerras, preconceito, fome, mentiras, matrimônios infelizes, sofrimento, enfermidades, dor e morte.
E o que aconteceu com aquele tempo em que pensava que todo o mundo viveria para sempre porque não entendia o conceito da morte?
Ah..., quero viver simplesmente novamente, quero regressar aos tempos em que a vida era simples.

“Quiero alejarme de las complejidades de la vida y emocionarme nuevamente con las pequeñas cosas una vez más.”

Por que não prestamos atenção um pouco mais nas tentativas, quase frustradas, dos silfos e damos mais valor ao amor e as coisas simples e verdadeiramente boas da vida?
Ainda há uma chance de mudança e a esperança ainda queima nos corações desesperados dos que sonham com um mundo melhor.

Reflitemos!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Addicted to your lure!

Se se enlouquece, cria polêmica; se se acalma, também cria polêmica.
Não entendo essas pessoas que adoram criticá-la.
Por que tudo isso?
Talvez por pura insatisfação pessoal.
Semana passada ela lançou seu novo clipe: Circus. Um clipe cheio de efeitos especiais, que chama atenção, música super bem produzida e com uma batida contagiante. Mas, mesmo com toda essa positividade, as pessoas continuam falando mal de Britney.
Já ouvi vários comentários dizendo que ela ainda está muito gorda, que a voz está, cada vez mais, “ajustada”, que ela não dança mais como antigamente (no tempo de I’m slave 4 U), que ela não parece estar a vontade em frente as câmeras.
Adimitemos que o potencial dela ainda não se ergueu totalmente, mas, para alguém que passou por tempos dificílimos (depressão pós-parto, perda da guarda dos filhos, bebedeiras, pressão familiar, decepções), é totalmente aceitável que a recuperação total seja lenta.
Apesar de todos esses contratempos, ela está ai, com um novo CD (maravilhoso por sinal), super bem, autentica, linda e loira... =]
Então parem de falar mal dela, porque implicitamente vocês amam-na.

Ah, já que estou falando dela, deixo marcado aqui os meus votos de felicidades infinitas. Não postei no dia 02 porque não tive tempo, mas, agora sim!
Parabéns Brita, super felicidades e mais, bem mais sucesso. =]

P.S.: A cada dia estou mais apaixonado por ela! (L)


Brita rocks! \o/

O preço de um sentimento avassalador.


Eu te dei um pedaço do meu coração, mas você o desprezou. Ele murchou e morreu. Não foi fácil viver com um coração incompleto, faltando um pedaço. Sofri bastante. Passei por uma fase difícil, uma fase de transição, uma fase de testa para poder conferir se conseguia superar, se meu coração conseguiria viver sem um pedaço. Foi um tempo dolorido, complicado, sofrido...
Mas, não se vive só de derrotas e ilusões. Meu coração agora está curado, livre das dores e do sofrimento. Agora ele bate fortemente e num ritmo ajustado. Preocupa-se e preenche seu tempo com novos sentimentos, novas conquistas, novas emoções.
Sinto-me mais leve, mais feliz, até parece que meu corpo inteiro trabalha melhor e com mais vontade. Finalmente livre das impurezas e das escórias que mutilavam de forma avassaladora meu coração.

A partir desse instante
Eu não vou mais ficar esperando você
E não vou mais deixar
Que os meus sonhos se percam buscando você
A partir desse instante
Eu não vou mais ficar repetindo seu nome
E não vou mais chorar
Eu tenho que aceitar
E não vou mais pensar em você
A partir desse instante
Vou aprender a dominar meus sentimentos
Eu vou tirar você do pensamento.

(Trecho da música “A partir desse instante” – Roberto Carlos)

A dissertação!

Tava vasculhando umas coisas de época do colégio (como se tivesse sido a muiiiito tempo atrás) e achei essa dissertação. E já que estamos nessa época de vestibular resolvi posta-la, embora não seja uma das melhores. É impressionante o meu gosto de sempre falar mal dos políticos. hehe
Ah, a nota?
7.5, razoável, né?!..kkkk


O poder de um mundo em crescimento tecnológico.

De um lado, podres, analfabetos, pessoas sem recursos para se manter; do outro lado, grande desenvolvimento tecnológico e altos níveis intelectuais. Esse é o paradoxo com que o mundo tem convivido desde o início do século XXI.
Com a quantidade de políticos sem competência, fica cada vez mais difícil que o Brasil cresça tecnologicamente. Tudo começa pela educação que ainda é bastante fragilizada com o desinteresse governamental, deixando um percentual negativo no desenvolvimento social e fazendo mais vítimas da exclusão social.
O crescimento desenfreado da tecnologia e a demanda de profissionais que saibam lidar com a mesma vêm aumentando vigorosamente. Com isso o Brasil “exporta” profissionais de boa qualidade e há um crescimento sócio-econômico perceptível, incluindo-o no vasto mundo do poder tecnológico. Entretanto, isso não ocorre com tanta veemência e o Brasil caminha lentamente nesse processo de concepção intelectual.
No momento em que ética governamental e bom-senso se unirem, o desenvolvimento social, econômico e tecnológico será alcançado com facilidade. Assim, tornando o Brasil apto para ser considerando um país de novo milênio.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Entre anjos e humanos. (Título provisório)

Era uma das piores noites do mês, caía uma chuva muito forte a cada minuto que passava, parecia que a intensidade da tempestade aumentava mais e mais.
Não havia nenhuma alma viva na rua e niguém se atrevia a sair do conforto de suas casas para enfrentar aquele tempo traiçoeiro. Os relâmpagos traziam uma claridade ofuscante para dentro do quarto, que sincronicamente clareava e escurecia em um rápido intervalo de tempo.
Apesar do enorme barulho que a chuva fazia, o quarto estava quieto e sombrio. Parecia que o tempo tinha parado e toda a vida que restara naquele cômodo tinha desaparecido. Contudo, eu estava um pouco ansiosa, esperando que aquela noite acabasse e trouxesse um novo dia, cheio de luz, felicidade e uma surpresa que Arthur, meu namorado, tinha mandado pelos correios e que eu estava esperando há uns três dias.
A noite parecia não ter fim, de hora em hora eu olhava para um pequeno relógio que jazia em cima do criado-mudo, ao lado da cama. Mas o mundo tinha parado para apreciar o barulho da chuva. Não aguentando mais a ansiedade que me corroia por dentro, levantei e fui até a cozinha. O corredor estava totalmente escuro, um breu, como se fosse um túnel que me levava ao nada. Fui à sala de estar, dei uma olhada na rua, pela janela, continuava sem niguém.

Eu morava em uma casa grande, com três quartos, cada quarto com sua suíte, duas salas, uma cozinha espaçosa e uma grande varanda. Atrás da casa, havia um amplo quintal, sem muita utilidade, já que o clima da cidade era frio o ano inteiro. Mesmo assim, era um lugar muito bonito. Tinha alguns pinheiros, que graciosamente enfeitavam o local.
De repente um barulho que vinha da sala, me despertou e me tirou do transe em que me encontrava. Tomei um susto e corri até lá pra ver o que tinha acontecido. Eram Murilo e Fritz, os gatos da minha irmã que, assustados com o temporal, tinham derrubado um jarro que se encontrava em cima de uma pequena mesinha de madeira. Depois do ocorrido, voltei ao meu quarto, peguei um livro e comecei a folhear-lo, na esperança do tempo passar mais depressa.
Quando acordei no dia seguinte, a chuva tinha parado, mas o tempo continuava nublado e fazia muito frio. Tomei um banho bem quente, peguei a mochila da escola e desci para tomar café da manhã. Quando sentei a mesa, a campainha tocou, logo voltei a pensar na surpresa. Minha mãe se levantou e foi atender, era o carteiro. Assim que voltou minha alegria desmoronou, mais um dia se passara e nada da encomenda de Arthur chegar.
Cheguei ao colégio um pouco atrasada e fui recebida com um “C” negativo em matemática. Para piorar, quando coloquei o pé fora do colégio, um carro passou em uma poça d’água e me encharcou com aquela água suja. Cheguei em casa ensopada, fui direto para o quarto, troquei de roupa, peguei um livro e deitei na cama. Uma hora depois, minha mãe entrou no quarto com um envelope na mão e disse que o carteiro tinha voltado para entregar o telegrama que houvera esquecido. Meu coração foi a mil por hora de felicidade, pulei da cama, larguei o livro no chão e corri para pegar a carta. A abri e comecei a ler, meus pés tremeram e caí, em choque, na cama. As lágrimas rolaram no meu rosto sem que eu percebesse, perdi as forças do meu corpo e a tristeza se apossou de mim. Não podia acreditar naquilo, reli o telegrama várias vezes e todas as vezes que lia, as lágrimas caiam mais fortes e sentia um aperto sufocante no peito. Aquela vida não fazia mais sentido para mim, o meu grande amor havia falecido e nada mais me importava.

Nós nos conhecemos em uma festa de aniversário de um amigo que morava na cidade vizinha. Quando eu o vi pela primeira vez, senti que algo aconteceria entre nós. Fiquei olhando-o por um tempo, logo ele percebeu e veio falar comigo, fiquei com um pouco de vergonha porque desde que tinha entrado na festa e o tinha visto, não conseguia parar de olhar para ele, mas mesmo assim arranjei coragem e nós conversamos a noite inteira, nos tornamos amigos e logo depois começamos a namorar. Foi a melhor época da minha vida e agora tudo aquilo tinha acabado. Embora fosse meio controverso, consegui dormir e tive sonhos com ele me dizendo para ter cuidado, pois algo de ruim poderia acontecer comigo.
No outro dia, logo cedo, peguei um táxi e fui ao cemitério, onde estava acontecendo o funeral. O dia estava muito nebuloso e a chuva ameaçava cair a qualquer momento. O cemitério era enorme, com muitas árvores e estátuas de anjos que se espalhavam por toda parte Anjos tristes, anjos felizes, anjos de todos os tipos, que, de alguma forma, tentavam amenizar o sofrimento daqueles que ali se encontravam num luto impenetrável. Aproximei-me do caixão para dar uma última olhada. Nessa hora as lágrimas caíram desgovernadamente. Ele parecia que estava dormindo, olhei-o mais uma vez e sai de perto, pois não aguentava aquela angustia que amassava meu coração, deixando-me sem ar. Quando estavam colocando o caixão no túmulo, a chuva desabou. Na minha cabeça tocava uma melodia melancólica que me deixava mais triste à medida que o tempo passava. Os pássaros, apesar de toda aquela chuva, continuavam nos galhos das árvores, sem, ao menos, se proteger da intensa quantidade de água derramada do céu. Cantavam de um jeito fora do normal, um lamento comovido de terrível beleza. Parecia que a música vinha de dentro de seus corações, parecia que eles podiam compreender o que estava acontecendo, parecia que eles estavam fazendo sua última homenagem a Arthur, meu eterno amor. O túmulo foi fechado, todos foram deixando o local, mas eu fiquei. Não sabia quanto tempo tinha ficado ali, nem porque o meu próprio luto estava me corroendo por dentro. Nunca sentira nada tão ruim quanto senti durante todo aquele tempo em que os pássaros soltavam seus lutos em forma de canto, o mundo desabava em forma de chuva e eu perdia a pessoa mais valiosa da minha vida.
Passado mais tempo, não sei quanto, um homem dizendo que era primo de Arthur, foi se aproximando, falou que compreendia a dor que eu estava passando e se ofereceu para me levar até em casa. Hesitei por um instante, mas como ele tinha falado que era primo de Arthur e eu não estava em condições de pegar um táxi, resolvi aceitar. No carro ele perguntou minha idade, com quem eu morava, o que fazia; com um pouco de ingenuidade e todo o sofrimento que estava passando, respondi tudo sem perceber a maldade que o cabia. Por um breve momento senti um cheiro forte e não consegui ver mais nada, desmaiei e fiquei assim por um longo tempo.
Quando acordei, estava tonta e desorientada, mais percebi que me encontrava numa floresta escura e densa. Tentei me levantar, mas estava amarrada em uma árvore. Tentei gritar, mas meu grito foi abafado por uma mão e logo depois minha boca foi tampada com uma fita adesiva. O reconheci, era o homem que me oferecera a carona. Ele se aproximou do meu rosto e colocou um lenço no meu nariz, mais uma vez tudo ficou escuro e eu desmaiei.
Muitas vezes, vi Arthur caminhando em minha direção, ele tocava meu rosto, tentava desatar os nós, como não conseguia, ele desaparecia. Depois sonhei que estava em um campo, num dia ensolarado e encostado em uma árvore, estava Arthur. Corri ao seu encontro, mas quando me aproximei dele, fui despertada por uma forte tapa no rosto. A dor foi tamanha que acordei imediatamente. O sequestrador perguntou se eu estava com fome. Afirmei com a cabeça, ele tirou a fita da minha boca e colocou um pedaço de pão nela, engoli rapidamente e perguntei seu nome, por que estava fazendo aquilo comigo e há quanto tempo eu estava ali. A princípio ele não quis responder, mas disse que se chamava Michael Dawin, que eu estava ali fazia dois dias e que ele estava fazendo aquilo por pura inveja do amor que havia entre Arthur e eu, mesmo depois da morte do mesmo. Depois de responder ele tampou minha boca de novo sem dar tempo nem pra eu fazer outra pergunta, nem para gritar por socorro.
Naquele instante a chuva desabou, tentei me soltar, não sei como, mas as cordas estavam frouxas. Consegui me livrar dos nós, levantei depressa e corri desesperadamente, ele correu atrás de mim, gritando para eu parar ou ele atiraria. Com o medo rondando meu corpo, não dei atenção às suas palavras e continuei correndo gritando por socorro, logo em seguida ouvi um estampido, senti uma dor forte nas costas e percebi que ele tinha cumprido com a palavra. O tiro me acertou em cheio nas costas. Caí de joelhos no chão. Tudo ficou quieto e silencioso, não ouvia nem mais o barulho da chuva, nem seus gritos. As lágrimas caíram dos meus olhos com a facilidade que a chuva desmoronava em minha cabeça. Tudo foi escurecendo, fui perdendo as forças e quando estava quase deitada no chão, fui amparada pelos braços do meu amor. A escuridão foi total, exceto pela luz de grandes asas. Asas tão brancas como a neve. Seus olhos lacrimejavam de forma intensa, tentei o abraçar, mas não tinha forças. Então percebi que a força do nosso amor tinha o transformado no meu anjo da guarda, que ali estava, tentando, sem sucesso, me reanimar, embora trouxesse um conforto final. A escuridão foi completa e não sentia mais sua presença e nem mais sentia meu corpo, era como se meu corpo tivesse sido levado embora e só restado minha alma. Acordei com um cheiro conhecido, era o perfume de Arthur. Levantei e o vi. Como nos meus sonhos, ele estava encostado em uma árvore, corri em sua direção. Nós nos abraçamos, nos beijamos. Ele me disse que viveríamos juntos para sempre, que nosso amor nunca mais seria interrompido e que a partir daquele momento poderíamos, finalmente, construir nosso futuro.

domingo, 30 de novembro de 2008

C'est la vie!

30 de Novembro vai ficar marcado como o dia do “Fuck you!” O tempo passou, você não me deu valor, agora tudo que me completou, acabou!
Cansei de te amar. Cansei de me humilhar por você. Cansei de aturar meu próprio sofrimento por esse amor ímpar.
Agora CHEGA!
Tentei inúmeras vezes te mostrar um décimo do meu amor, você não aceitou.
Azar o seu. Cansei de você. Cansei de sua indiferença.
O mundo é bem maior que você. E estou pronto para desfrutar dessa imensidão.
Fui apedrejado pela realidade, que tentava, de todas as formas, me chamar a atenção, mas, a cegueira desse amor não permitia que eu a abandonasse. Sentia a dor dos ferimentos, mas não eram suficientes para me libertar. Mas, com um movimento ágil, da esperteza que ainda me cabia, finalmente, me livrei das garras da ilusão.
For God’s sake!
Como pude me deixar abater por todo esse tempo?
Que fraqueza era essa que me consumia?
Como pode um sentimento ser mais forte que a própria consciência?
Mas, esqueçamos o passado e pensemos no futuro que brilha bem em frente aos meus olhos. Depois de mais de um ano vivendo em uma tempestade diária, o sol, finalmente, apareceu, trazendo consigo um novo começo e a esperança outrora perdida.
Felicidade? Chegou a hora de você invadir e tomar conta do meu coração.
Eliminei a tristeza, expulsei o sofrimento, matei a ilusão.
Não há mais ervas daninhas impedindo o crescimento das margaridas. Agora é sua vez de inundar meu peito de bons pensamentos.

....

Enquanto estava escrevendo esse post, lembrei de uma poesia de Vinicius de Moraes: Antiode à tristeza.

Antiode à tristeza

Ó enfermeira sem som do olhar sem cor
Que refletida ao último infinito
Pela lúcida insânia dos espelhos
Passeias pelo imenso corredor
Desta antiga Irmandade! Ó sonolenta
Irmã-sem-Caridade, que vagueias
Com tuas leves sandálias de silêncio
Cuidando com desvelo da saudade
E dos males de amor de cada enfermo!
Ó guardiã do ermo, provedora
De langor, que pelo imenso corredor
Deste hospital sem termo, te comprazes
Em deitar éter sobre o sofrimento
Dos que querem viver, e dar morfina
Aos que morrem de amor! Ó freira louca
Irmã-sem-Fé, a desfiar, ausente
Teu rosário sem fim de contas ocas!
Ó trânsfuga da vida, esmaecida
Monja: o que queres mais de mim?
Já não te dei meus dias, minhas noites
E até minhas auroras, não te dei?
Já te mandei embora? Não fui sempre
Teu melhor paciente, e o mais antigo?
Não fui amigo teu, mesmo doente
De ti, não fui, Madre desoladora?
Pois agora te digo: vai-te embora!
Afasta-te de mim! não mais te quero
Irmã-sem-Esperança, confessora
Sem perdão, de quem mais nada espero
Senão vazio e angústia. Irmã-sem-Dor
Com teu rosário e teu burel de cinzas
A empoeirar de tédio as minhas horas.
Vai predicar além, predicadora
Da voz ausente, vai! que se me voltas
Eu grito nomes feios, eu te espanco
Ou te enforco em teu terço de mil voltas
Ou caio na risada, ou te exorcizo
Com um gigantesco crucifixo branco
Onde, transverberando luz do flanco
Resplende o corpo nu da minha amada!

sábado, 29 de novembro de 2008

A note about Jane Austen!

Essa semana estava relendo um dos meus livros preferidos de Jane Austen, Sense and Sensibility (Razão e sensibilidade). E toda vez que leio me envolvo como se fosse minha primeira leitura. Com o maravilhoso clima do século XIX, Jane Austen teve uma facilidade extrema de transformar temas “comuns”, como: casamentos, recomeços e amores convenientes, em algo realmente interessante.

About Jane Austen:

Jane Austen nasceu em 16 de Dezembro de 1775 em Steventon, Hampshire, sul da Inglaterra. Teve sete irmãos: James, George, Edward, Henry, Charles e Cassandra.
Em 1803 a família se mudou para Bath, uma cidade no oeste da Inglaterra. Em 1805, seu pai morreu e a família se mudou para Southampton, em Hampshire. Eles viveram lá por poucos anos e em 1810 a família se mudou mais uma vez, para Chawton. De 1810 até o ano de sua morte, 1817, Jane se manteve bastante ocupada, escrevendo livros, visitando parentes, e viajando pela Inglaterra com amigos.
(Acho interessantíssimo o estilo de vida e os costumes da “polite society” da época. Os filhos ingressavam na marinha ou exército, ou poderiam, por exemplo, seguir a carreira de advocacia. As filhas estudavam música, literatura, poesia e línguas. Passavam o tempo visitando amigos e parentes, indo a bailes, conversando sobre arte, música, política e poesia. Os homens costumavam sair pra casar, as mulheres caminhavam nos jardins. E no inverno eles costumavam passar alguns meses em Londres...)
Jane Austen nunca se casou. Foi pedida em casamento por Harris Bigg-Wither, em 1802, mas depois de um dia de noivado, Jane mudou de opinião e decidiu não casar.
Em 1811 seu primeiro livro foi publicado. Não eram publicados muitos livros de “escritoras” na época. Editoras não gostavam de livros escritos por mulheres. Por essa razão, muitas mulheres utilizavam nomes de homens para seus livros poderem ser publicados. Mas Jane nunca usou um nome de homem como pseudônimo, seus livros sempre foram publicados com o seu nome e suas estórias foram e ainda são extremamente populares.

Seus livros:

Sense and Sensibility (Razão e Sensibilidade)-1811
Pride and Prejudice (Orgulho e Preconceito)-1813
Mansfield Park-1814
Emma-1815
Northanger Abbey (A abadia de Northanger)-1818
Persuasion (Persuasão)-1818
Sanditon (inacabado)

‘Dear, dear Norland, how sad I am to leave you!’
Marianne said on their last evening in Norland Park. ‘I love every room in this wonderful house! Every tree in the park is beautiful. Shall I ever be happy again?’

-Trecho do livro Sense and Sensibility.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Há dias que, quando acordo, me repudio por sentir tal amor. Que me consome, que me aborrece, que me entristece, que não passa e só devasta.
Sinto-me sujo por te amar tanto e não enxergar a possibilidade de um dia, realmente, te conquistar.
Um ano se passou e esse amor só parece aumentar, meu coração bate forte só em ouvir teu nome. Mas não aguento mais a contradição que eu mesmo criei.
Sentimentos variados já inundaram minha cabeça em relação a você.
Hoje te amo.
Amanhã te odeio.
Às vezes não consigo decifrar o que sinto.
Não sei por que, mas quero manter essa ilusão.
Tranco-me nesse sofrimento e o mundo parece não existir, além de nós dois.
Acho que jamais amarei alguém dessa maneira. Nem sei se isso é possível.
Só quero poder te dar o melhor de mim.
Só quero poder te amar verdadeiramente, sem me preocupar com o resto. Aliás, o resto é totalmente plausível comparado com a dificuldade de te amar.

SONETO DE CONTRIÇÃO
(Vinicius de Moraes)

Eu te amo, Maria, te amo tanto
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto.

Como a criança que vagueia o canto
Ante o mistério da amplidão suspensa
Meu coração é um vago de acalanto
Berçando versos de saudade imensa.

Não é maior o coração que a alma
Nem melhor a presença que a saudade
Só te amar é divino, e sentir calma...

E é uma calma tão feita de humildade
Que tão mais te soubesse pertencida
Menos seria eterno em tua vida.

Sofrer!

Sofrimento?
É não poder tocar teu rosto e sentir a maciez da tua pele.
É não poder passar as mãos nos teus cabelos.
É não poder olhar profundamente nos teus olhos e dizer "Eu te amo!", sem balbuciar uma palavra sequer.
É não poder dividir contigo toda felicidade do mundo.
É não poder te abraçar e sentir teu cheiro.
É não poder fechar os olhos e encontrar teus lábios no infinito da imensidão.
É não poder passar noites tempestuosas ao teu lado.
Ah insensata solidão, que me cortas o peito, que é voraz e não tem jeito.
Por que me fazes sofrer?
Por que fazes brotar lágrimas dos meus olhos?
Por que não cruzas nossos destinos?
Um dia hei de desfrutar da delicadeza e da doçura do teu amor!

Viva la vida!!

Será que realmente vale à pena lutarmos com tamanha brutalidade e força de vontade, para conseguir algo que, embora pareça, na corresponde a um terço do que realmente imaginávamos?
Hoje conheci lados obscuros de pessoas que pensava ser totalmente inexistentes,
Palavras foram jogadas na cara, com uma força inigualável, pelas mãos da vontade de humilhar.
Doeram...
Fizeram-me sofrer...
Doeram...
O coração apertou...
Doeram...
Sofrimento? Palavra constante!
Tristeza. Por um momento meus olhos pensaram em derramar lágrimas, mas em situações indignas o coração parece ser o mecanismo de sustentação. Ele é mais forte e controla a vontade que o corpo tem de desabar.
Depois do momento de fraqueza, vem a decepção, as lembranças; tudo parece piorar...parece que desta vez não tem jeito.
As lágrimas rolam em desespero do coração.
A esperança de acordar do sonho amedrontador aumenta drasticamente, sufocando-nos.
As coisas vão perdendo um pouco de seus sentidos, vão ficando insossas, sem graça, até o momento que acordamos para a verdadeira realidade.
Mas o porquê desse sofrimento todo?
Nem todas as pessoas nos apoiarão e aceitarão nossas idéias e ações.
Mas por que se preocupar com tais pessoas?
Ah... Já chega!Só devemos realmente nos preocupar com aqueles que nos querem bem e acreditam em nosso potencial.
As outras?
Fuck ‘em all!
Não devemos nem dar ouvidos a pessoas que só querem nos abastecer de maus pensamentos. É hora de parar de ser tão aberto a "sugestões" e viver e aproveitar as coisas boas da vida, com as pessoas que realmente merecem nosso carinho e consideração.
O mundo é feito de escolhas e nem sempre todos optam pelo caminho certo
Viva la vida!

Procelas e bonanças!

Nada pior do que não poder demonstrar seus próprios sentimentos.
Nada pior que não poder contar coma própria família para conversar, contar seus receios, suas vontades, suas dúvidas.
Por que ser feliz é tão difícil?
Será que essas situações aumentarão, de alguma forma, nosso caráter?
Embora guardamos segredos a sete chaves em nossos corações, há momentos que eles criam vida própria e fazem de tudo para se libertar e se explicitar.
Às vezes esses segredos rompem o casulo e buscam abrigo nos corações dos nossos amigos.
Respeitados...
Mas, parece, que depois de um tempo, mesmo com tal refúgio, eles não estão completos e tornam a explodir em pessoas que ainda não estão preparadas à lidar com o novo, o inesperado.
O choque!
A raiva!
O repúdio!
No ápice da ferocidade o impulso é o mais convicto dos atos. O corpo age contraditoriamente ao coração, que por sua vez deseja explodir em mil pedacinhos.
Um exagero exacerbado de pensamentos desconhecidos e mal interpretados!
Mas, devemos continuar, seguir em frente, enfrentar o medo com a cabeça erguida. O tempo passa, o mundo gira e um dia a pacificidade tão desejada chegará trazendo a cor para nosso mundo cinzento.
A vida é feita de procelas e bonanças!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mesmo quando meu coração está repleto de rancor, repugnância, aversão, mágoa, desprezo, raiva e repulsão; basta ele sorrir e olhar profundamente nos meus olhos que tudo se anula e se desfaz, transformando-se na mais ardente e comovente das emoções: AMOR!
Sonhos: pequenas ilusões que transformam nossas vidas em expectativas e ânsia de célebres realizações. Tantas vezes frustrados, tantas vezes esperados, quase nunca realizados ao nosso gosto. Mesmo assim não deixamos de sonhar e de acreditar que um dia eles irão se realizar.
Como viver sem sonhar?
Como fazer com que os nossos sonhos não nos tolham o prazer do desconhecido, do inesperado?
Quando os sonhos se tornam frustrações e as verdades tornam-se mentiras, o corpo padece e o coração sente o que realmente é sofrer.
A vida nos impõe que apesar das derrotas, devemos levantar a cabeça e seguir em frente. Mas, nem sempre é tão fácil superar e esquecer esses fracassos. Mesmo que já tenham se tornado passado, as cicatrizes continuam e nos momentos de fraqueza, elas machucam e nos torturam. Fazem-nos lembrar dos momentos de desgraça, infelicidade, contratempo; deixando-nos tomar pelo revés do que realmente precisamos.
Será que nossas derrotas e frustrações são realmente uma forma de aprendizado ou elas só servem para nos martirizar nos momentos em que estamos mais necessitados de perseverança?
Há pessoas que nascem para amar e outras que nascem para serem amadas. Impiedosamente, quem nasce para amar nasce para sofrer.
Embora sabendo que tudo não passava de uma grande ilusão, queria acreditar que um dia poderia sentir seu rosto colado ao meu, sentir as batidas do seu coração, poder desfrutar de todos os prazeres de um amor ardente e contíguo e viver intensamente cada momento ao lado teu.
Contudo, a vida não quis assim. Apesar de te querer profundamente, você não faz parte do meu destino e só o que me falta é tentar, por mais difícil que seja, te esquecer e guardar com carinho o brilho estonteante dos teus olhos e a lucidez do teu sorriso.

Contradições!

Amores não-correspondidos, sentimentos desprezados, corações despedaçados.
Quem falou que amar é tão simples e tão bom?
Talvez quem nunca viveu um amor impossível e sofreu com esse sentimento sufocante.
Não vou negar que sou louco por você, mas não posso continuar alimentando essa ilusão. Não entendo essa paixão que eu sinto por você. Talvez você queira brincar de amor, mas eu quero viver-lo intensamente.
Vejo nos seus olhos uma chance, mas será verdade o que enxergo? Nunca duvidei dessa certeza, mas meus pensamentos estão incertos, talvez pela minha própria cegueira que por vezes me faz ver luz onde só há escuridão, talvez pela doce ilusão que amarga minha boca e me aniquila internamente.
Tudo lembra você, e é inaceitável todo esse sentimento sem ao menos dividir e apreciar com alguém (Você).
Esquecer-te? Uma possibilidade insuportável, posso tentar, mas só estarei mentindo pra mim mesmo, porque, sinceramente, não quero que isso aconteça.
Você tem coisas tão difíceis de entender, um jeito ausente que me sufoca e queima meu peito, mas que mesmo assim eu gosto. Essa chama é mais forte que eu, e eu não quero dela me afastar.
Mesmo sem te ter, você é o maior de todos os meus amores, o mais complicado e o mais simplificado. E minha vontade só me faz pensar em você todos os dias, toda hora, todo momento. Pelo menos assim lembro você e imagino a reciprocidade inexistente desse amor.
Será que esse amor fictício, e ao mesmo tempo puro, um dia vai passar?
Será que eu quero que esse amor, realmente, passe?

A vida não é nada sem você e isso tem que mudar!
Cansei de sofrer, mas prefiro ficar nessa lama a tentar substituir esse amor.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Próprio Pecado, Próprio Veneno!


Enquanto não provar dos teus lábios, não cessarei o desejo de te ter nos braços.
Mesmo sabendo que a eternidade não foi feita para nós, mostro-te que uma noite pode durar o tempo necessário para ser lembrado eternamente.
Ainda não senti o calor de tua pele, nem o gosto do teu beijo. À noite durmo com o pensamento indecente desse desejo e finjo que um dia todos esses sonhos se realizarão e poderei alcançar o enlevo da felicidade tão cobiçada. Mas a realidade sempre teima em aparecer nos momentos do ápice da imaginação.
Ah... Por que tens que chegar? Oh realidade tão desanimadora.
Por que tens que atrapalhar os momentos mágicos em que me inundam a alma com o vão ilusório da conquista?
Com você quero uma vida agitada, excitante, extravagante. Ultrapassar as barreiras da satisfação e do contentamento, sem que nada, um dia, possa esfriar e apaziguar nossa conexão.
Quero me queimar com o fervor dos teus lábios.
Quero me consumir com essa paixão que me queima o peito.
Quero delirar de prazer todas as vezes que me tocares.
Quero sentir os êxtases máximos do teu deleite.
Quero viver da sublime insanidade dos teus dias de carência.
Quero morrer do nosso próprio pecado. Pelo nosso próprio veneno.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Zoe e os olhos vermelhos.


A noite não estava boa para pegar a estrada, mesmo assim nós fomos. Meu pai ao volante, minha mãe ao seu lado e eu sozinha no banco de traz. Da janela via a chuva forte cair, os gritos pavorosos dos trovões, os relâmpagos clareando a estrada e o uivo do vento.
A estrada estava vazia, nem vinha, nem ia nenhum carro. Mesmo com o barulho dos trovões tentei dormir, abracei minha boneca e encostei a cabeça no assento do carro. Acordei com o barulho da freada. Meu pai perdera o controle, o carro derrapou e caiu da ponte no pântano.
A Janela do meu lado tinha quebrado, assim consegui sair, mas não vi meus pais. Vi grandes olhos vermelhos me olhando de longe enquanto saia da água. Os olhos se aproximaram, mas a noite estava muito escura e não deu pra saber de quem eram aqueles olhos aterrorizantes. Senti um arrepio e me virei, não vi nada, mas sabia que algo me observava. Gritei por meus pais, mas eles não responderam, entrei em pânico, mas ninguém me ouvia. Não tinha nenhuma casa por perto e a chuva não parava de cair fortemente. Fui para a beira da estrada com esperanças que passasse algum carro, mas ninguém apareceu. Do outro lado da rua vi os olhos vermelhos mais uma vez, fui me aproximando, aproximando...
Um carro...Mas estava perto demais, seus faróis estavam me cegando. Ouvi um grito e senti meu corpo caindo no chão. Não vi mais nada.
Acordei assustada e minha mãe no banco da frente perguntou se estava tudo bem, respondi que tinha tido um pesadelo, mas estava tudo bem. Olhei pela janela, vi a chuva forte caindo, a estrada vazia. Abracei a minha boneca, encostei a cabeça no assento do carro e adormeci. O barulho da freada me acordou. O carro se controle e o pântano. O carro foi afundando, afundando, afundando...
Estava presa sem conseguir soltar o cinto de segurança, a janela ao meu lado quebrou, a água inundou o carro completamente. Tudo foi ficando escuro até eu mergulhar completamente na escuridão.

"I have a dream!"


Hoje acordei mais feliz. Estampado em todos os jornais e notícia em todos os telejornais do mundo, estava ele: Barack Obama.
Com uma força de vontade de dar inveja, ele as poucos foi mostrando quem realmente é: um homem integro, com princípios e vontade de vencer. Buscou em cada esquina o apoio e o suporte necessário que um candidato, com sede de conquista, necessita para fazer, não só o seu próprio, mas o sonho de milhões de pessoas do mundo, se tornar realidade: um negro a frente da potência mundial que é os Estados Unidos!
Anos de luta... Muitas lágrimas rolaram, muito sangue foi derramado. Racismo! Por que toda essa maldade? Uns de sangue melhor que os outros? Pura hipocrisia que inundavam a mente daqueles que se auto intitulam “superior”.
É tempo de respeitar e conviver pacificamente com a diversidade. E um grande passo foi dado. Obama Presidente!
Está na hora de ouvirmos a voz e as idéias dele (não só dele, mas de todos), sem o pré-julgamento pele cor de pele, crença ou orientação sexual.

Go Obama, Go!

“We are all the same, we all bleed red!”

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Todas as sentimentalidades de um amor não correspondido.

Nem sempre nossas decisões são as mais certas a serem tomadas.
Nem sempre nossas escolhas são as mais certas a serem seguidas.
Principalmente em relação ao amor!
Às vezes quando menos esperamos, nossos olhos cegam-se e almejamos uma pessoa que, por menos que faça, por menos que se mostre interessada, nos fisga e, embora, nada se torne mais palpável, entramos num estágio de anestesia de percepção e todas nossas atenções e expectativas são depositadas nesse alguém. Tudo fica mais interessante quando envolve essa pessoa, até as coisas mais banais.
Nossas mentes projetam sonhos, planos futuros, realizações, e só o que realmente importa é sentir a ilusão mais verdadeira, a mentira mais maquiada.
Vemos qualidades onde aparentemente só há defeitos.
Vemos esperança onde não há sentimento.
Tudo passa por nossas cabeças. Nossos mundos giram só por aquela ambição de ter nos braços quem realmente queremos.
Sendo possível ou intolerável, concreto ou abstrato, real ou inexistente.
O suposto, o imaginável não existem quando o coração sente um mar de emoções e os olhos só enxergam em uma única direção, em um único alvo: o amor fictício que tanto mentimos para nós mesmos tentando transformar esse sentimento fabulado em algo verdadeiro.
Obsessão? Talvez esse seja um dos substantivos precípuos para esse tipo de sentimentalismo.
Sim, podemos ser taxados de piegas, pois o exagero sentimental é assombroso e desmedido...

...Até que um dia aquele sentimento pérfido começa a ruir, nossos olhos voltam, aos poucos, a enxergar e percebemos que o exagero daquele amor era falso.

...Como se não fosse suficiente todo o sofrimento que passamos para esquecer esse amor, basta encontrá-lo que um turbilhão de sentimentos nos envolve.
Olhos: brilham como estrelas;
Coração: bate num ritmo célere de um fastcore;
Boca: seca como se toda água do corpo houvesse evaporado;
Mãos: suam como se o corpo fosse feito somente de glândulas sudoríparas;
Pernas: tremem como se mergulhadas nas águas gélidas do Pacífico.
O que fazer? Fugir? Se esconder?...
...
Tarde demais...
E o nosso coração volta ao êxtase do sentimentalismo hiperbólico.

domingo, 2 de novembro de 2008

Veneno Supérfluo!


Ridicularizam-na, falam mal dela, criticam-na, mas simplesmente amam-na!
Não é só porque sou fã que vou glorificá-la e a por num pedestal divino.
Sim, houve erros múltiplos, desinteresse, apatia, descontrole...
Porém simplesmente isso é natural ao ser humano, principalmente quando chegamos ao ápice de nós mesmos!
Ninguém é perfeito, todos nós cometemos loucuras, pensamos atrocidades, mas poucos têm a capacidade de lidar e conviver com os mesmos!
Mesmo assim nossas vidas não são públicas, não são guardadas por holofotes, câmeras e fashes! Podemos nos mover sem sermos percebidos, podemos correr, gritar, pular sem sermos taxados de loucos...
Mas, e ela? Por que, em vez de maltratar, não damos força e espiritualmente passamos luz e conforto a ela?
Talvez pela nossa mediocridade, pelo nosso egoísmo...
Verdadeiramente nós só pensamos em nós mesmos!
Julgamos, julgamos, mas quando somos sentenciados sentimos a verdadeira carga de nossas palavras.
Então por que não pensar duas vezes antes de falar mal, de pré-julgar e machucar as pessoas?
Será que é tão difícil algo assim? Não.
Basta querermos, pois não somos dignos de julgar ninguém além de nós mesmos.
Visto isso, deixemos nossas invejas, maquiada de bons tratos, e vamos viver nossas próprias vidas sem se preocupar tanto com a vida dela ou de qualquer outra pessoa, pois não há nada melhor que viver bem sem a interferência constante de pessoas insensíveis.
…Why can't I try to live my life
without worry about the things that people say?....”
(My Prerogative-Britney Spears)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Setembro!

Oba! Chegou nosso mês!
Finalmente, depois de um ano de espera, ele chegou. SETEMBRO!
Mês de renascimento, de independência (Brasileira, Chilena, Mexicana, Costa Riquenha), de primavera, de vida e de virginianos.
Setembro sempre chega com um gostinho especial, com um cheirinho de lembranças, com um ruído de festa a caminho.
Tumulto, desordem, algazarra, bagunça, música, amigos, bolo, brigadeiro...
Eita mêszinho especial!!!
Setembro tem gosto de chocolate!
Carinho, carícias, afagos, meiguices, amassos; esse é o mês certo para tudo isso, principalmente para nós virginianos que sentimos tudo com uma intensidade maior durante esses, indescritíveis, 30 dias.
Virginianos que são:
Possessivos;
Compulsivos;
Geniosos;
Perfeccionistas;
Impulsivos;
Pensativos;
Observadores;
Tímidos;
Orgulhosos;
Carinhosos;
Inteligentes;
Educados;
Simpáticos;
Às vezes apáticos;
Intensos;
Dramáticos;
Exagerados...
Setembro é eufórico!
Setembro é aconchegante!
Setembro é colorido!
Setembro é mágico!
Setembro...simplesmente Setembro!