segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Todas as sentimentalidades de um amor não correspondido.

Nem sempre nossas decisões são as mais certas a serem tomadas.
Nem sempre nossas escolhas são as mais certas a serem seguidas.
Principalmente em relação ao amor!
Às vezes quando menos esperamos, nossos olhos cegam-se e almejamos uma pessoa que, por menos que faça, por menos que se mostre interessada, nos fisga e, embora, nada se torne mais palpável, entramos num estágio de anestesia de percepção e todas nossas atenções e expectativas são depositadas nesse alguém. Tudo fica mais interessante quando envolve essa pessoa, até as coisas mais banais.
Nossas mentes projetam sonhos, planos futuros, realizações, e só o que realmente importa é sentir a ilusão mais verdadeira, a mentira mais maquiada.
Vemos qualidades onde aparentemente só há defeitos.
Vemos esperança onde não há sentimento.
Tudo passa por nossas cabeças. Nossos mundos giram só por aquela ambição de ter nos braços quem realmente queremos.
Sendo possível ou intolerável, concreto ou abstrato, real ou inexistente.
O suposto, o imaginável não existem quando o coração sente um mar de emoções e os olhos só enxergam em uma única direção, em um único alvo: o amor fictício que tanto mentimos para nós mesmos tentando transformar esse sentimento fabulado em algo verdadeiro.
Obsessão? Talvez esse seja um dos substantivos precípuos para esse tipo de sentimentalismo.
Sim, podemos ser taxados de piegas, pois o exagero sentimental é assombroso e desmedido...

...Até que um dia aquele sentimento pérfido começa a ruir, nossos olhos voltam, aos poucos, a enxergar e percebemos que o exagero daquele amor era falso.

...Como se não fosse suficiente todo o sofrimento que passamos para esquecer esse amor, basta encontrá-lo que um turbilhão de sentimentos nos envolve.
Olhos: brilham como estrelas;
Coração: bate num ritmo célere de um fastcore;
Boca: seca como se toda água do corpo houvesse evaporado;
Mãos: suam como se o corpo fosse feito somente de glândulas sudoríparas;
Pernas: tremem como se mergulhadas nas águas gélidas do Pacífico.
O que fazer? Fugir? Se esconder?...
...
Tarde demais...
E o nosso coração volta ao êxtase do sentimentalismo hiperbólico.

Um comentário:

Tiago Fagner disse...

Muito bom! Falou e disse rapaz! Vc tá certíssimo!