sexta-feira, 22 de maio de 2009

Amor estepe?


Sabe quando aquele amor que você pensava ser eterno e platônico de repente desaparece?
Pois é caros leitores...
Apaixonei-me pela primeira vez em novembro de 2007, no Halloween do curso de inglês.
Aquilo me pegou desprevenido, acho que num queria sentir aquele frenesi naquele momento da minha vida, talvez por ingenuidade, talvez por nunca ter sentido aquilo antes e não saber me comportar devidamente.
O tempo passou e eu sofri calado, nem tinha coragem de me declarar, nem queria deixar aquele sentimento de lado, a verdade era que eu tinha necessidade daquilo, aquele sentimento já fazia parte de mim e não podia ser expulso nem arrancado do meu peito. A erva daninha que eu mesmo tinha criado para estragar o meu jardim.
O momento da obsessão!
Gostava de passar por toda aquela tristeza, gostava da melancolia que aquilo me trazia. Eu me sentia bem!
Acho que a tristeza foi uma ótima companheira!
Mas como um dia as coisas, sempre, vêm à tona, tomei coragem e resolvi me declarar.
Sabe, eu pensava que não haveria escolha, a pessoa teria que gostar de mim, já que não é tão fácil encontrar um amor tão “extremo” quanto o meu.
Puro besteirol de uma mente ingênua e infantil.
Foi ai que a tristeza se tornou minha alma gêmia, ela não desgrudava de mim um só minuto.
É bom estar na lama, é bom sentir-se no fundo do poço. São nesses momentos que descobrimos se nossa alma é forte o suficiente para aguentar uma rejeição ou se é fraca e impossibilitada de sair daquele desespero emocional. Levei um bom tempo para me acostumar com a nova situação. Não queria pensar em mais ninguém, não queria transplantar o meu amor. Só em pensar nisso meu coração doía e apertava desesperadamente, sufocando-me.
Foi nessa época que comecei a fumar. Sempre que me sentia mal, em vez de fazer algo para melhorar meu humor, eu colocava uma música triste, muitas vezes as que me lembravam aquele amor, enchia um copo de uísque, acendia um cigarro e me deliciava com todo aquele pesar momentâneo que faziam meus olhos se inundarem com o exagero das minhas lágrimas.

...

O tempo passou e aquele sentimento foi diminuindo e eu fui me envolvendo com outras pessoas, embora esses novos sentimentos não se comparassem a dimensão do passado. Mas, sempre, no período entre um envolvimento e outro, aquele amor me atormentava. Sempre que não estava com alguém, aquelas emoções me enchiam a cabeça. Na verdade aquele ápice de pieguice tinha se tornado algo de segundo plano. Um tipo de amor estepe, que sempre que eu estava sozinho ele voltava pra me azucrinar.
Ai surgiu a dúvida: Será que aquele sentimento continuaria a me aborrecer e a me fazer sofrer eternamente?
Será que eu voltaria a amar com tamanha intensidade?
Será que, sempre, que minha cabeça estiver livre de romances, ele voltará?

...

2 comentários:

Michel Nunes disse...

Será???
As vezes me sinto assim também.
E me pergunto, será?

=/

Michel Nunes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.